Levy Hu é um ser que tem saciado sua incompletude através da arte,pois se dedica a ela apaixonadamente,lhe é vital!
O que pensa e sente em relação a seus artistas preferidos é ,as vezes,incompreensível,inefável.
É capaz de chorar diante de um Volpi.
Artur Bárrio é um ídolo seu,mas admite:
‘’Jamais conseguiria ser assim tão literalmente literal’’
Acha toda arte uma fantasia de outra dimensão,uma vibração de manifestação anímica.
E com essa afirmação se integra às idéias de Yves Klein.E inicia uma viagem no tempo a Paris de 1958,à galeria Iris Clert.
E quase declama os dizeres escritos para o convite da exposição ‘’O vazio’’.Descrito a seguir:
‘’Iris Clert convida-o a honrar com sua presença espiritual o advento lúcido e positivo de uma nova esfera do sensível.
Esta representação de uma síntese perceptível permite a Yves Klein a procura pictórica da emoção extática diretamente comunicável’’
28 de abril,por sinal dia do aniversário de 30 anos do artista.
Levy Hu,sabe que as palavras e seus dizeres são deveras limitadas,ou se confundem ,para falar sobre as experiências multidimensionais da arte ,e de seus artistas.
Nesses momentos Levy também sabe que o decifrar do próprio trabalho é as vezes impossível.
Normalmente ele apenas deixa se guiar por sua compulsão criativa, num gestual sempre vigoroso, do caráter escultórico feiticista das obras.E sempre diz:
‘’Serão pintadas por sua própria natureza’’,num longo processo no qual quase não existe um controle.
Ele também gosta das imagens que Agnaldo Farias,seu professor,no Instituto Tomie Ohtake,propaga:-‘’O artista como coletor,não mais interventor’’
E Levy complementa:-‘’Coletor de materiais e idéias perdidas e adidas.’’
Fã de Robert Rauschenberg,a quem chama de gênio.
Ele é um espiritualista,cheio de fé como fonte de sua alegria.
Cria suas obras com originalidade,lirismo e irreverência,muitas vezes também.
Expressa-se com sua alma por inteiro.
Como seu grande exemplo de superação elege João Carlos Martins.
Joseph Lévy